segunda-feira, janeiro 07, 2008

Sistema nervoso autônomo
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Sistema nervoso autônomo é a parte do Sistema nervoso que está relacionada ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. No entanto, ele não se restringem a isso. Ele é o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às diversidades do ambiente. Por exemplo, quando você entra em uma sala com um ar-condicionado que lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo começa a agir tentando impedir um queda de temperatura corporal. Dessa maneira, seus pêlos se arrepiam (devido a contração do músculo pilo-eretor) e começa a tremer para gerar calor. Ao mesmo tempo ocorre vasoconstrição nas extremidades para impedir a dissipação deste para o meio. Essas medidas aliadas a sensação desagradável de frio, foram as principais responsáveis pela sobrevivência de espécies em condições que deveriam impedir o funcionamento de um organismo. Dessa maneira, pode-se perceber que o organismo realmente possui um mecanismo que permite ajustes corporais mantendo assim o equilíbrio do corpo, também chamado homeostasia.

O sistema nervoso autônomo ajuda muito nesse controle porque é o responsável pelas respostas reflexas de natureza automática e controla a musculatura lisa, a musculatura cardíaca e as glândulas exócrinas. Dessa maneira é ele quem permite o aumento da pressão arterial, aumento da freqüência respiratória, os movimentos peristálticos, a excreção de determinadas substância entre outras coisas.

Apesar de se chamar sistema nervoso autônomo ele não é independente do restante do sistema nervoso. Na verdade, ele é interligado com o hipotálamo, que coordena a resposta comportamental para garantir a homeostasia.

Sabe-se que o sistema nervoso autônomo é constituído por um conjunto de neurônios que se encontram na medula e no tronco encefálico. Estes, através de gânglios periféricos, coordenam a atividade da musculatura lisa, da musculatura cardíaca e de inúmeras glândulas exócrinas. Mas como o SNA percebe que deve aumentar a pressão arterial, por exemplo?

Na verdade, não existe um consenso em relação a isso, muitos acreditam que existem componentes específicos do sistema nervoso autônomo responsáveis apenas pela percepção de parâmetros físico-químicos, como pressão, pH, tensão, temperatura, etc. Outro grupo acredita que os sistemas sensoriais, principalmente o somestésico, são os responsáveis pela percepção dessas condições no organismo, e que posteriormente, através do sistema nervoso central essa informação é repassada ao sistema nervoso autônomo que irá agir para o controle do equilíbrio corporal.


[editar] Principais diferenças entre o Sistema Nervoso Simpático e o Parassimpático
O SNA divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático que são constituídos basicamente por uma via motora com dois neurônios, sendo um pré-ganglionar (cujo corpo se encontra no sistema nervoso central), e outro pós-ganglionar (cujo corpo se encontra em gânglios autonômicos).

No sistema simpático, logo depois que o nervo espinhal deixa o canal espinal, as fibras pré-ganglionares abandonam o nervo, e passam para um dos gânglios da cadeia simpática onde fará sinapse com um neurônio pós ganglionar. No sistema parassimpático, na maioria das vezes, as fibras pré-ganglionares normalmente seguem, sem interrupção, até o órgão que será controlado fazendo então sinapse com os neurônios pós-ganglionares. Dessa maneira percebe-se que os neurônios pré-ganglionares do simpático são curtos e os pós são longos, no parassimpático ocorre o inverso. Já o sistema nervoso entérico apresenta seus corpos celulares na parede do trato gastrointestinal.

Os neurônios pré-ganglionares do sistema simpático emergem dos segmentos tóraco-lombares (da região do peito e logo abaixo), ao passo que os do sistema parassimpático emergem dos segmentos céfalo-sacrais (da região da cabeça e logo acima dos glúteos).

Uma importante característica da inervação dos músculos pelo sistema nervoso autônomo é que, ao contrário da inervação somática que apresenta regiões pré e pós sinápticas especializadas, suas terminações nervosas apresentam varicosidades onde o neurotransmissor vai se acumulando através de vesículas. Dessa maneira, a transmissão de sinais ocorre em vários pontos através de terminais axoniais, e posteriormente se difunde no tecido. Essa estratégia é bem diferente da empregada no sistema autônomo que se baseia na relação ponto-a-ponto. Isso garante que um número menor de fibras nervosas seja capaz de regular de maneira eficiente órgãos e glândulas.

Normalmente as fibras nervosas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos secretam principalmente dois principais neurotransmissores: noradrenalina ou acetilcolina. As fibras que secretam noradrenalina ativam receptores adrenérgicos, e as que secretam acetilcolina ativam receptores colinérgicos.

Ao contrário do que se pode imaginar, não existe uma regra muito precisa de qual das duas substâncias determinado sistema emprega, no entanto pode-se fazer algumas generalizações para melhor compreensão. Podemos assim afirmar que todos os neurônios pré-ganglionares, sejam eles simpáticos ou parassimpáticos, são colinérgicos. Consequentemente, ao se aplicar acetilcolina nos gânglios, os neurônios pós-ganglionares de ambos os sistemas serão ativados.

Em relação aos neurônios pós ganglionares do sistema simpático, em sua maioria, eles liberam noradrenalina a qual excita algumas células mas inibe outras. No entanto, alguns neurônios pós ganglionares simpáticos, são colinérgicos, como por exemplo, as que enervam a maioria das células sudoríparas. Outro exemplo são os que enervam alguns vasos que irrigam tecido muscular.

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