segunda-feira, janeiro 07, 2008

empatia e senso crítico

Empatia é, Segundo Hoffman (1981), a resposta afetiva vicária a outras pessoas, ou seja, uma resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa, e não à própria situação.

Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma a empatia pode ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.

Bases fisiológicas da empatia
Mac Lean sugere que o sistema límbico, uma das partes mais antigas do nosso cérebro, e suas conexões com o córtex pré-frontal estariam envolvidas na empatia. Eles proporcionariam aos homens a capacidade de se colocar no lugar dos outros. Dessa forma, uma empatia primitiva estaria presente desde cedo na evolução humana, e com a aquisição de novas estruturas cerebrais e circuitos neurais adicionou-se a essa empatia uma forma de cognição, de tal forma que pôde ser experienciada em conjunto com uma consciência social mais desenvolvida.

Estudos de neuro-imagem sugerem que regiões associadas com emoções específicas podem ser ativadas pela visão da expressão facial da mesma emoção, fenômeno descrito como contágio emocional (Decety, 2003; Carr, 2003, Wicker et al, 2003 apud Singer et al, 2004). Em um estudo comparou-se a atividade cerebral na imitação de expressões faciais e na observação das mesmas em fotos, em outro se comparou respostas neurais eliciadas pela visão de faces com expressões de desgosto e prazer com respostas induzidas por odores prazerosos ou aversivos. Essas experiências mostraram ativação em áreas relacionadas com a percepção e produção de expressões faciais de emoção (sistemas emocionais e faciais), assim como na aspiração de odores desagradáveis (ativação da insula).

Singer et al (2004), comprovaram que, de fato, a experiência empática tem bases neuronais, através de uso imagens da atividade cerebral,obtidas por ressonância magnética. As experiências nas quais voluntárias recebiam uma estimulação de dor na mão e da comparação desses resultados com aqueles obtidos nas mesmas voluntárias quando seus esposos recebiam o estímulo doloroso, no mesmo aposento.

Observou-se que as regiões cerebrais que sinalizam a sensação subjetiva de dor (a aflição dolorosa) – o córtex insular anterior e o córtex cingulado anterior, por exemplo – aumentavam sua atividade no cérebro das esposas como se o choque tivesse sido aplicado à mão delas mesmas. Já regiões como o córtex insular posterior, que sinaliza a dor física, ‘objetiva’, só eram acionadas quando elas realmente recebiam o estímulo de dor.

Conclui então que a atividade neural da estimulação empática não corresponde toda o sistema de dor, relaciona-se apenas com os componentes emocionais da ativação neural da dor, não se observando estimulação nos componentes sensoriais.


Sistema límbico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções.

Constitui-se de uma região constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico.

Através do sistema nervoso autônomo, ele comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulação metabólica de todo o organismo

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